Wednesday, November 7, 2007

A dose certa de controlo

O líder que opta por controlar os seus funcionários deve ter atenção à forma como o faz.

Se o controlo é feito para garantir que ninguém se afasta das suas responsabilidades, também é verdade que não se pode controlar tanto que os colaboradores se sintam permanentemente vigiados.

Ter atenção ao horário de entrada ou de saída dos funcionários e fazer o reparo ao colaborador quando este se encontra em falha é aceitável.

Anotar visivelmente as horas a que cada funcionário entra e sai do local de trabalho cria stress e gera um conflito que não é saudável (sim, há conflitos que são mais que saudáveis, mas esse assunto fica para outro dia).

Por outro lado, convém não evitar totalmente o controlo, seja ela relativo aos horários de trabalho ou a qualquer outra obrigação ou responsabilidade.

O facto do recurso saber que é controlado, que alguém nota quando ele falha, faz com que ele se sinta regulado e tenda a não fugir aos padrões que lhe são esperados.

Algo simples como ter os relatórios automáticos do código desenvolvido a passar numa mailing list onde se encontra, por exemplo, o gestor de projecto, e ter essa figura a perguntar ao programador se tudo se encontra bem quando não surge nenhum relatório pode surtir um efeito fabuloso.

Convém aqui salientar o uso do "perguntar ao programador se tudo se encontra bem", em oposição a um "chamar à atenção do programador que se encontra em falha". A segunda opção deve ser tomada apenas se necessária (seja por a situação ser reincidente, por o historial do funcionário o justificar ou por qualquer outro motivo).

Uma das vantagens de um acto como este dos relatórios automáticos é o facto do controlo não se sentir enquanto todas as regras estão a ser respeitadas, ao contrário de medidas como o controlo de entradas e saídas por cartão.

Ficam então as notas:

- Existe uma dose certa de controlo: há um limite mínimo abaixo do qual perdemos o controlo e há um limite máximo acima do qual começamos a perder o funcionário;

- Existem formas subtis de controlo das quais o colaborador não se apercebe e que são extremamente eficazes.

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